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Ainda é madrugada, o sol ainda nem está de pé, mas Fada do Sopão está.
Ela está mexendo em seu caldeirão, adicionando uns ingredientes, se preparando para a longa fila que se junta do lado de fora de sua casa. Os potes em suas prateleiras não tem nome, pois todos os ingredientes são secretos. Ninguém mais pode tocar seu caldeirão, que obviamente não é uma panela de ferro comum. Como tudo no Mundo das Fadas, ele também é mágica.
Ela segura a grande colher de madeira (ela jamais usa uma de metal), e dá uma provadinha na sopa. Sua face pára por um momento, olhos fechados enquanto analisa. Então ela pega um dos potes da prateleira, e adiciona algo que cheira como aspargos, ou algo mais exótico. Nunca se sabe ao certo.
Após alguns minutos, a sopa está pronta. Ela tampa a grande panela e limpa suas mãos no avental. E se dirige para a porta. Uma fila já estende até onde os olhos possam ver. Ela sorri suavemente. "Quase", ela diz. "Quase pronto".
Ela se volta ao seu caldeirão... O caldeirão!!!
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No local onde estava... agora só resta um espaço vazio. O aroma da sopa ainda no ar, mas o calderão se foi. Ela corre por toda a casa, procurando sinais do invasor. Mas nenhum sinal do caldeirão.
Nada.
Sumido.
Perdido.
Ela se joga no chão, ouvindo as vozes lá fora -- os pets famintos esperando que a porta seja aberta. Ela balança a cabeça, tentando esconder as lágrimas. Então, lentamente, se levanta, esfrega as mãos no avental, e vai em direção à porta...
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